Por Evan do Carmo

Patrícia Neves

Artista Maria do Carmo

Maria do Carmo nasceu na cidade de Araguari, em Minas Gerais, no dia 10 de setembro de 1966. Em 1972, mudou-se para a cidade de Goiânia, Goiás, na qual reside até hoje. Durante um longo período e sua vida, estudou e utilizou em seu trabalho a técnica de óleo sobre tela e, mais tarde, também a aplicação de outros materiais como textura, folha de ouro, sacos e linhagem, cascas de bananeira e reaproveitamento de pedaços de madeira que submete a tratamento especial. Após isso, vem a reunião e fixação desses elementos ou simplesmente a aplicação de textura como forma de elevação do plano de tela. Mais que um simples enriquecimento da superfície do trabalho, há uma transformação da própria estrutura da composição.

“Tenho procurado preservar a simplicidade e o prazer lúdico que eu cultivava em meus primeiros trabalhos. Nunca me esquecendo de transformar um material frio em uma obra harmoniosa e ao mesmo tempo de apaixonante beleza”, resume seu trabalho.

Como se deu a sua descoberta para as artes plásticas?
Maria do Carmo: Pela necessidade de encontrar uma tela com a qual eu me identificasse. Mudei para uma casa nova e procurei comprar uma tela que fosse de acordo com o que eu imaginava. Não gostei de nenhuma. Então resolvi pintar eu mesma de acordo com o modelo que eu tinha em mente. Acabei produzindo 5 telas para colocar na minha casa. Assim começou de maneira leve a minha vida artística. Como as pessoas iam me visitar e queriam comprar as telas e eu relutava em vendê-las, era questionada por que não comercializava a minha arte. Devido a insistência acabei vendendo todas as telas para uma mesma cliente. Fiz outras telas depois para colocar no lugar das que foram vendidas. Passei a receber sugestões para comercializar minhas telas em lojas. Foi quando decidi levá-las para apreciação em uma galeria. Assim começou as minhas vendas no ano de 2000 na Galeria Época. Não imaginava nem o valor que poderia cobrar pelo trabalho e a galerista determinou o preço de mercado.

Que tipo de pintura produz?
Maria do Carmo: Trabalho dentro da linha abstrata, mais fluída. Mas já fiz figurativo moderno e abstrato com mais limitações de espaço. Hoje quase não faço mais figurativo. Dei uma modernizada na técnica que eu usava nos primeiros trabalhos, aquela que as pessoas se identificam mais. Como autodidata fui buscando a minha própria técnica que é a sobreposição de cores e textura.

Que nome daria ao estilo e ao tipo de trabalho, para a arte que faz?
Maria do Carmo: Abstrato é o que me dá mais prazer em fazer. É o que faz meu trabalho ser reconhecido. Misturo cores e texturas até conseguir dar profundidade e harmonia para a tela. No momento de criação deixo-me levar pelas minhas sensações, sem compromisso com o resultado do trabalho. Sinto-me livre para criar o que vem à mente, para continuar pintando ou simplesmente dar por acabado. É um ato de liberdade, porque não me preocupo se as pessoas gostarão ou não, porque sei que elas serão de alguma forma tocadas e cada um fará a leitura de acordo com o seu sentimento independente da forma da tela.

Existe uma organização que agrega os artistas plásticos e pintores de Goiás? 
Maria do Carmo: Participo aqui da AGAV Associação Goiana das Artes Visuais, que é uma associação cultural de direito privado que engloba artistas da pintura, desenho, gravura, fotografia e escultura. A AGAV tem uma participação ativa também juntamente com a Secretaria Municipal da Cultura desenvolvendo em parceria com vários projetos para a comunidade.

Você faz parte de uma associação que divulga e fomenta a arte?
Maria do Carmo: Faço parte da AGAV que é uma associação que sempre divulga a arte, promovendo o crescimento pessoal e a valorização do artista. Além do mais defende os direitos dos artistas junto às autoridades e estimula os governantes a implementarem mais projetos culturais.

Como é vista pela sociedade onde vive a arte moderna que produz?
Maria do Carmo: Meu trabalho tem tido uma ótima aceitação pela sociedade nestes 16 anos. Quem compra minhas telas, o faz não somente pelos padrões de beleza estética, mas porque elas produzem algum tipo de bem estar e mudança interior. Muitos dos meus clientes falam na hora da compra ou depois dela, que eu retratei um momento marcante nas suas vidas. Alguns conseguem até enxergar no meio da mistura de tintas e texturas, pessoas ou objetos que as remetem à situações peculiares de suas vidas.

Onde costuma expor suas obras?
Maria do Carmo: Na galeria Época, Arte Contemporânea Potrich e Galeria Mara Dolzan em Campo Grande. Na feira do Cerrado e em exposições que faço em vários lugares diferentes, individual e coletiva.

Existem consumidores do seu trabalho? 
Maria do Carmo: Tenho vários clientes aqui e em cidades próximas. Vendo muito para decoração de Hall de prédios, escritórios de diferentes segmentos, clínicas médicas e odontológicas e decoradores e arquitetos. Tenho também clientes que procuram eles mesmos decorar o seu apartamento ou casa. O meu trabalho é atemporal e não tem restrição em ser colocado em qualquer ambiente, com isso fica mais fácil a utilização da minha tela em diferentes lugares.

Como se sente ao vender uma das suas obras?
Maria do Carmo: Me sinto bem por saber que de alguma maneira o meu trabalho está trazendo um bem estar para quem compra. Como sei que é bem visto aos olhos de quem compra por tocar profundamente os seus sentimentos, me sinto realizada por isso. Quando vendo uma tela é como se um filho ganhasse um novo horizonte para dar sentido a sua existência.

Indique onde nosso leitor pode apreciar e comprar seu trabalho.
Maria do Carmo: Tenho telas na Galeria Época, Arte Contemporânea Potrich, Feira do Cerrado, Galeria Mara Dolzam em Campo Grande e no Instagram (mariacarmo14).

Contato: m_carmo1@hotmail.com
Instagram: @mariacarmo14
Facebook: Maria do Carmo
Celular – Whatsapp (062) 98198-5165
Loja: Cores e Luxo