Correio Brasília

Entrevista com a escritora cearense Clara Benicio para o Correio Brasília

12/04/2016 14:35

Clara Benicio, quem é você?


Uma escritora romântica, que acredita na força do bem e do amor, apaixonada pela vida, amigos e família.



Quando e como realmente começou escrever?


Sempre gostei de escrever. Então, tudo é motivo para eu soltar a imaginação. Mas o romance em si, por falta de tempo para me dedicar ao trabalho, já que necessita de bastante pesquisa, só coloquei no papel em 2010. Terminei de escrever o meu primeiro romance, SÓ O AMOR PODE CURAR, em alguns meses, mas levei mais alguns meses para digitá-lo, pois o escrevi à mão. Andava até com um caderninho na bolsa, e, às vezes, parava em qualquer lugar para registrar uma ideia. Assim, depois da graduação, resolvi que estava na hora de me dedicar ao livro, e foi o que fiz.

O que significa para você a literatura ficcional?


“O livro é magia encadernada... É viver além da nossa própria realidade... Viver o impensado... Viver a descoberta... Viver apaixonado... Viver o amor eternizado.” (Clara Benicio).

Um livro pode mudar uma pessoa?


O ser humano está em constante mudança. Seja por fatos ou fases da vida, seja por conhecimento que adquiriu através da leitura, a realidade é que mudamos. Um livro é portador de ideias e sentimentos, então, acredito que pode ser um meio para mudanças, já que é um instrumento poderoso para o intelecto, podendo levar ao leitor alegria, conhecimento, emoções, incentivo para vida e ajudar de muitas formas.

Como você ver o meio literário brasileiro, acha possível alcançar um bom público jovem por meio da internet?


O meio literário tem evoluído a cada dia, levando cada vez mais informações às pessoas. Há alguns anos, por exemplo, não se tinha o acesso aos livros que se tem hoje. E a internet, por ser uma janela para o mundo, contribuiu bastante para isso. Através dela, uma pessoa tem acesso a uma enorme quantidade de conhecimento, o que leva também à curiosidade, despertando o desejo pela leitura. Assim, tenho percebido que os jovens têm participado cada vez mais do universo literário, têm lido mais.

Foi fácil publicar, ou teve que bancar parte dos custos?


Quando terminei de escrever meu livro, pensei em apenas guardá-lo, mas, depois, percebendo que poderia dividir essa história com leitores, que poderia levar essa viagem e amores incondicionais a mais gente, decidi por tentar publicá-lo. Mandei para duas editoras e esperei. Recebi a resposta da minha editora, demonstrando interesse na publicação do livro, o que me deixou muito feliz. Desde os tempos da faculdade de Letras, sempre gostei dos livros da minha editora, sempre foram fontes de estudo, como é o caso de Massaud Moisés e Alfredo Bosi, então foi a realização de um sonho ver meu livro publicado pela Editora Jangada. Não foi fácil, mas posso dizer que foi muito gratificante todo o processo, desde a escrita até a publicação, e não tive que custear nada do livro.

Qual é seu objetivo com este livro? Uma vez que ele passa uma mensagem positiva sobre o amor.


SÓ O AMOR PODE CURAR foi um presente para minha vida, um presente de Deus. E espero, com esse trabalho, poder contribuir para o cenário da literatura nacional, levando bons sentimentos ao leitor, como o valor da amizade, da família, do amor. Que seja uma porta aberta para outras obras e contribua para o meu amadurecimento como escritora. E aproveito a oportunidade para agradecer a todos os meus leitores, agradecer pelas lindas mensagens, depoimentos que tenho recebido sobre o livro. Sinceramente, obrigada.

Quais os autores que lhe influenciam para escrita dos seus livros?


Como autor nacional em prosa, Machado de Assis é o meu preferido. A ênfase que ele dá ao lado psicológico dos personagens me agrada muito. Em verso, Vinicius de Moraes; amo seus poemas. Como autor internacional em prosa, adoro Jane Austen. Em verso, Fernando Pessoa e seus heterônimos. E registrei isso no livro, já que cada capítulo contém uma epígrafe com um trecho de uma obra, e decidi por incluí-los entre os autores escolhidos.

Você prefere o direito à literatura ou vice versa?


Gosto das duas áreas. Amo o que faço, na verdade, principalmente por estar em contato constante com a escrita.

Mande um trecho do livre para destaque.


Gosto especialmente de muitos trechos, mas vou destacar aqui uma declaração de amor, entre muitas outras no livro:
“Sabe, algumas pessoas falam em amor à primeira vista, e eu acredito sinceramente nisso, porque amei você desde a primeira vez que a vi, minha princesa da armadura prateada.
Mas acho que o nosso caso é um pouco diferente, mais que amor à primeira vista. O nosso caso está mais para amor a todas as vistas, porque foi isso que aconteceu comigo. Eu amei você, Bia, em cada vez que a vi, em cada encontro que tivemos, mesmo sem saber que você era você. Cada vez que meus olhos encontraram os seus, eu a amei. Cada contato, cada conversa, em cada riso nosso, cada vez que pensei em você, cada segundo que ficamos separados, amei você. Cada vez que fizemos amor, eu a amei ainda mais.” (Clara Benicio).

Informe seus contatos e onde comprar o livro
Os meus queridos leitores podem me encontrar através do Facebook. Com relação ao livro, está disponível em diversas livrarias em todo Brasil, bem como nos sites de venda on line, e ainda através do site da Editora Jangada (www.editorajangada.com.br).

Fale sobre seu novo livro.


Meu novo livro, que conta a história de amor e drama vivido por Yasmin, foi maravilhoso escrevê-lo, e o enredo fluiu de forma muito natural. É um romance que, em boa parte do livro, se passa na minha cidade, a ensolarada Fortaleza, cercado pelo clima de praia, sol, mar e muito sentimento. É um romance com carga emocional bastante forte, voltado para a mudança interior do ser humano em busca de um novo caminho a seguir.


Vou deixar um trechinho dele aqui:
“Mas preciso dizer como cheguei aqui, como resolvi falar o que senti, depois do fim, para poder entender e aceitar que não é possível mudar muitos dos acontecimentos da nossa vida, que muita coisa está além da nossa vontade, mas que é possível mudar o foco, entender a dor, senti-la até o limite de nossas forças, até que não se tenha mais nada o que sentir, nem lágrimas para chorar, para, por fim, mudar, não os acontecimentos, mas mudar internamente, mudar o rumo, em direção a uma nova vida.” (Clara Benicio).