Por que isto ocorre em todas as culturas? A história dos calendários revela que, como outras ciências comuns, esta também foi inventada pelos homens. Precisamos da invariável contagem do tempo para nos posicionar no meio do caos, em um minúsculo planeta, até então conhecido como o único com vida inteligente.
Inventamos este calendário e dentro dele nos movemos, para cima e para baixo, para esquerda e para direita, para o passado e para o futuro. Temos como referência, dias e meses e anos, horas e minutos, para manter nossa lucidez material. Contudo, temos algo mais valioso: o nosso pensamento, e com ele podemos nos deslocar para outra esfera, sair do mundo físico e encontrar respostas que nos garantam a lucidez espiritual.
Foi pensando na condição miserável dos homens que não compreendem este fato, que a vida inteligente transcende toda nossa ilusão de vida longa, de vida satisfatória, de 70 e 80 anos, por isso sou instruído a dizer algumas palavras sobre nossa ideia de evolução humana, percebida até hoje, neste magnifico lar terrestre.
Homens e mulheres de fé puderam contemplar outro universo, outra forma de vida, outra experiência numa convivência cósmica e pacífica. Nós também devemos conceber com equilíbrio, a ideia de vida eterna, de verdadeira vida neste planeta, como espécie, pois a inteligência humana, o dom de Deus dado aos homens pode possibilitar esta grande “utopia dos céticos materialistas.”
Estamos destruindo o planeta, a base para o grande propósito divino, vida sem fim. Nossa conduta social tem se revelado mais nociva do que o instinto predatório e de sobrevivência entre os animais. Somos a única espécie inteligente que destrói sua própria casa, e que também mata sem razão lógica seu semelhante.
Então, sinceramente meus caros irmãos, o que temos para comemorar por mais este ano de insanidade desumana que vivenciamos pelo mundo? Terror e desastres ambientais, violência doméstica, e corrupção pública, destruição dos sistemas políticos que garantiam alguma medida de paz?
Não! Não temos nada a comemorar de consecuções positivas neste 2015, apenas o retrocesso que fomos capazes de produzir neste imaginário espaço de dose meses, de 365 dias. Todavia, a reflexão que indico não será acatada por muitos. Em uma população de quase oito bilhões de pessoas, poucos são ainda capazes de perceber o tamanho do abismo para o qual caminhamos cegamente, e que nos espera em breve tempo. Perdemos a consciência e o objetivo da vida, vivemos empurrados de um lado para outro conforme a variação do nosso egoísmo.