Edgar Hermógenes, do Anexo6
Governo e oposição fazem contas sobre as 65 cadeiras disponíveis na comissão especial que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A movimentação nos bastidores da política é intensa. PMDB e PT são os partidos que têm mais vagas no colegiado, cada um com oito assentos. Depois vem o PSDB, com seis. E a apreensão maior está justamente entre os peemedebistas, que se dividem entre apoiadores e opositores de Dilma.
Logo no início do dia, o PMDB confirmou os deputados Hildo Rocha (MA), João Arruda (PR), José Priante Junior (PA) e Washington Reis (RJ), além do líder do partido, Leonardo Piacciani (RJ), como membros da comissão. Os outros três nomes deverão ser ligados a Cunha, mas estes nomes só devem ser conhecidos às 18h, quando termina o prazo para indicação dos partidos.
O racha no PMDB é uma preocupação para Dilma. A presidente até cogida entrar o cargo de ministro da Aviação Civil à bancada do partido na Câmara para tentar conter o impeachment. O PT, por sua vez, está unido e já confirmou na comissão os nomes dos líderes do partido e do governo na Casa, Sibá Machado (AC) e José Guimarães (CE), respectivamente. “Não queremos jogar uma pressão maior do que a necessária em nossos deputados. Os nomes serão falados no momento certo”, afirmou ao Anexo6 Sibá Machado.
Oposição
Entre os que defendem o impeachment, os nomes do líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), e do líder da Bancada da Minoria, Bruno Araújo (PE), são certos. Eles serão acompanhados pelo do presidente nacional e líder do Solidariedade (SD), Paulinho da Força (SP), e Arthur Maia (BA). “Chegamos num momento crucial para que possamos dar fim a este governo corrupto do PT. Sei que no final do processo estaremos livres deles”, garantiu Carlos Sampaio.
Ao todo, a comissão terá 65 membros, respeitando a proporcionalidade dos partidos na Câmara. Assim, o PSDB terá seis cadeiras no colegiado e o bloco que compõe, junto com PSB, PPS e PV, totalizará 12 vagas. O bloco comandado pelo PT, que é integrado ainda pelo PSD, PR, PROS e PCdoB, terá 19 vagas, das quais oito são do partido do governo. O PMDB terá oito representantes. O bloco formado pela legenda e pelo PP, PTB, DEM, PRB, SD, PSC, PHS, PTN, PMN, PRP, PSDC, PEM, PRTB tem 25 integrantes