Correio Brasília

Suspeita de ataque jurou lealdade ao EI no Facebook, dizem investigadores

04/12/2015 14:57

O tiroteio na quarta-feira (2) em San Bernardino, na Califórnia, que deixou 14 mortos e 21 feridos no Inland Regional Center, uma instituição que atende "pessoas com deficiências de desenvolvimento", é o mais mortal nos últimos três anos nos Estados Unidos.

Syed Farook, suspeito por promover tiroteio em San Bernardino, é visto em foto de sua carteira de motorista (Foto:  REUTERS/California Department of Motor Vehicles)Syed Farook, suspeito de promover tiroteio em San
Bernardino (Foto: REUTERS/California Department
of Motor Vehicles)

Investigadores ouvidos pela imprensa americana acreditam que a mulher que participou do tiroteio na Califórnia, Tashfeen Malik, publicou no Facebook uma mensagem em que disse ser leal ao líder do grupoEstado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi.

Um funcionário americano de alto escalão próximo à investigação disse que Malik utilizou uma conta com outro nome noFacebook. Os funcionários não explicaram como chegaram à conclusão de que Malik era a autora da publicação, afirma a rede CNN.

O jornal "New York Times" complementa que não há evidência de que ela tenha sido comandada pelo grupo terrorista, segundo as fontes que não quiseram se identificar porque a investigação está em andamento.

A agência de notícias Reuters informa, de acordo com duas fontes paquistanesas, que Malik é da província do Punjab, no Paquistão, e se mudou para a Arábia Saudita há 25 anos, mas voltou para a sua casa há 5 ou 6 anos para concluir os estudos para se tornar farmacêutica. Além disso, a agência diz que um membro da família da suspeita foi contactado pelo serviço de inteligência do Paquistão como parte das investigações sobre o tiroteio na Califórnia

Ainda segundo a Reuters, Tashfeen e Farook passaram algum tempo destruindo discos rígidos de computadores e outros aparelhos eletrônicos antes de lançarem o ataque de quarta-feira, de acordo com uma fonte do governo dos EUA.

Os investigadores também apuram um relato de que Farook havia se envolvido em uma discussão com um colega de trabalho que denunciou os "perigos inerentes do Islã", disse uma fonte do governo norte-americano.

14 mortos
O tiroteio na quarta-feira (2) em San Bernardino, na Califórnia, que deixou 14 mortos e 21 feridos no Inland Regional Center, uma instituição que atende "pessoas com deficiências de desenvolvimento", é o mais mortal nos últimos três anos nos Estados Unidos.

Syed Farook, de 28 anos, e sua mulher, Tashfeen Malik, de 27, são acusados pelo ataque. Os dois morreram baleados ao fugirem da polícia. Na casa deles foram encontrados 12 artefatos explosivos e cerca de 5 mil projéteis para fuzil de assalto. As autoridades ainda não sabem o que motivou o casal, e terrorismo não está descartado.